Gostei especialmente da parte em que a bandida diz com a maior desfaçatez do mundo o seguinte: "fiz tanto sucesso no crime porque a sociedade é muito preconceituosa". Afinal de contas, as pessoas sempre pensam que uma mulher branca, loira, cabelos esvoaçantes ao vento, olhos azul-piscina, corpinho de modelo, rostinho de boneca, culta, inteligente, filha de um alemão e de uma estadunidense, que sabe se expressar muito bem e domina três idiomas não pode se tornar uma ladra, estelionatária, traficante e assassina.
Apesar disso tudo, eu achei pouco o que ela fez por aí. Eu duvido que o dono da joalheria concordasse em abrir a loja fora do horário do expediente se o pedido fosse feito pela minha mãe, pela minha esposa ou por uma das minhas tias e irmãs. Quem gosta de julgar as pessoas pela aparência tem mais é que se foder mesmo.
Vejam, se quiserem, e tirem as vossas conclusões.
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Parte 6:
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