quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Levante Sua Voz

Para quem acha que vivemos em tempos de liberdade de expressão, vale conferir esse documentário:


Parte 1:


Parte 2:

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Afirme-se também no Carnaval

AFIRME-SE TAMBEM NO CARNAVAL!!!


AFIRME - SE!
PELA MANUTENÇÃO NO STF DAS POLÍTICAS DE AÇÃO AFIRMATIVA

Banco Itaú
Conta corrente: 65.354-9
/ Agência: 0061

DOE QUANTO PUDER POR DEPÓSITO OU TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA. O FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOS É RESPONSÁVEL PELA CONTA. TODO O RECURSO DOADO SERÁ EXCLUSIVAMENTE PARA PAGAMENTO DOS FORNECEDORES DA CAMPANHA (JORNAIS, RÁDIOS ETC), A PARTIR DE DEFINIÇÃO DE AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO DA AGÊNCIA PROPEG DE PUBLICIDADE.

IMPORTANTE: 160 mil pessoas doando apenas R$ 5 cada, de uma única vez, ajudariam a alcançarmos nossa meta e pagar por essa campanha histórica do movimento social.

Para entrar em contato, escreva para: afirme.se@gmail.com
EM ANEXO MATÉRIAL DA CAMPANHA PARA IMPRESSÃO.
Prezado(a) Representante de Entidade/Instituição do Movimento Social, Movimento Negro, Movimento Indígena, Movimento Homossexual, Movimento Quilombola e demais:
Como é do vosso conhecimento, o Supremo Tribunal Federal (STF) pautou para os dias 3, 4 e 5 de março próximo o inicio das discussões para julgar a continuidade ou a extinção das políticas de ação afirmativa (cotas etc) recentemente adotadas por algumas instituições no país. Está em risco a expectativa de milhões de brasileiros.
Do resultado deste julgamento pode resultar o fim de todas as conquistas obtidas nos últimos anos pelo movimento social, pelo movimento negro, pelo movimento indígena, pelos quilombolas, pelo movimento homossexual – na medida em que, se a maioria dos 11 ministros do STF decidir que políticas de ação afirmativa são inconstitucionais no Brasil, tais políticas não poderão mais existir.
É um momento grave, ainda mais porque toda a grande mídia brasileira tem se posicionado contra as ações afirmativas, tentando com isso influenciar a opinião pública, o Congresso Nacional, os juízes e outras instâncias para que cotas e outras políticas similares sejam extintas.
Diante da gravidade da discussão, estamos propondo uma campanha afirmando a constitucionalidade de tais políticas. De modo especifico, sem prejuízo de outras iniciativas, a proposta é de uma campanha publicitária a ser feita em veículos da grande mídia nacional e em placas de outdoor espalhadas por 8 grandes capitais brasileiras, às vésperas das datas marcadas pelo STF.
Para debater e saber como sua instituição pode participar, contamos com sua presença nesse momento importante de nossa história.
Dj Branco
CMA HIPHOP
71-91510631

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Somos tão corruptos quanto qualquer político brasileiro (concordam com isso ou eu estou exagerando?)

É costume entre os brasileiros reclamar da má conduta dos políticos, dos mensalões, dos escândalos dos dinheiros na meia e na cueca, do nepotismo, da troca de favores, do tráfico de influência e de tantas outras coisas que já são figurinha carimbada nos telejornais e já fazem parte do nosso anedotário (ao invés de reagir contra esse estado de coisas, nós fazemos piadas e paródias que só contribuem para naturalizar esses crimes). É difícil não achar uma pessoa que se mostre indignada com isso tudo. Entretanto, a observação atenta e o acúmulo de experiências colocaram algumas questões na minha cabeça: nós somos tão inocentes e ingênuos assim? Que moral nós temos para falar dos desmandos cometidos pelos nossos "representantes"? Somos tão honestos quanto aparentamos nas nossas relações cotidianas? As pessoas que reclamam e ficam putas da vida com esses escândalos o fazem porque acham inaceitável que aqueles "que deveriam dar o exemplo" façam coisas desse tipo com o dinheiro público ou porque não estão lá para tirar a sua lasquinha também? Agiríamos diferentemente se por acaso estivéssemos no lugar deles (nem que seja por pouco tempo)? Como nós nos comportamos quando temos um poderzinho de nada nas mãos?

Também ficamos igualmente irados quando alguém usa a posição de poder ocupada por algum parente próximo ou amigo para obter favores pessoais ou livrar-se das malhas da lei (práticas conhecidas culturalmente pela sigla “QI” e pelo bordão “você sabe com quem está falando?”). Mas quando nós conhecemos alguma pessoa relativamente poderosa e temos consciência de que obteremos um documento ou um serviço de maneira mais rápida e menos burocrática (embora totalmente ilícita ou antiética e em alguns casos injusta e/ou indecente) se recorrermos a ela, de que forma nós nos comportamos: agimos de acordo com a lei e as regras ou, como bem disse o general Jarbas Passarinho, “mandamos às favas os escrúpulos da nossa consciência”?

Ontem, eu e a minha namorada estávamos indo ao supermercado. No meio do caminho, um vizinho meu passou de carro e perguntou se nós queríamos uma carona. Aceitamos. Ele já dirige há um bom tempo, possui carro próprio desde 2008, mas não tem carteira de habilitação. Como já sabia disso, perguntei se ele já havia tirado a carteira (apesar de ele morar perto de mim, nem sempre tenho oportunidade de conversar com ele com frequência). Ele disse que não porque, segundo ele, "ainda não teve tempo" para ir ao DETRAN a fim de realizar os procedimentos necessários para a obtenção do documento. Pedi para ele tomar cuidado, pois em tempos de carnaval a fiscalização fica mais rigorosa – ao menos midiaticamente. Após ouvir isso, ele disparou logo em seguida e sem a menor cerimônia: “porra nenhuma, Rogério! Eu tenho as costas quentes. Para mim, não dá nada. Se a fiscalização me pegar, basta eu dar um telefonema que tudo estará resolvido”. Como forma de demonstrar poder, ele ainda levantou o celular e bateu na tela do aparelho duas vezes com a unha do dedo indicador direito.

É claro que eu não disse nada na hora. Mas depois que eu saí do carro, eu me virei para a minha namorada e disse o seguinte: “está vendo por que eu sempre digo que esse país não vai mudar nunca?”.